Este espaço do blog é dedicado ao nosso trabalho e atividades em aula de português

Revolução Farroupilha, também é chamada de Guerra dos Farrapos ou Decênio Heroico ( 1835 - 1845), eclodiu no Rio Grande do Sul e configurou-se, na mais longa revolta brasileira. Durou 10 anos e foi liderada pela classe dominante gaúcha, formada por fazendeiros de gado, que usou as camadas pobres da população como massa de apoio no processo de luta.
30 DE SETEMBRO DE 2014
Semana Farroupilha
Em 1947,pequenos grupos de jovens também se
levantaram contra este modismo que estava tentando destruir as tradicoes e a cultura do povo gaúcho.Estudantes do colegio Júlio de Castilhos,em Porto Alegre , periodicamente se reuniam para falar sobre o tradicionalismo gaúcho.Á meia-noite do dia 7 de setembro de 1947 nasce a chama crioula, iniciativa deste grupo de estudantes para homenagear os soldados mortos na revolução farroupilha e na Segunda Guerra Mundial.A chama crioula que acava de nascer significava a liberdade e a confraternização entre os povos do mundo.
No ano seguinte este mesmo grupo de estudantes fundou o "Movimento tradicionalista Gaúcho"com o objetivo de proteger a cultura,costumes e tradições dos gaúchos.Com o surgimento desde movimento em Porto alegre,o tradicionalismo do interior do estado começou a fortificar-se.
No dia 11 de dezembro de 1964,através da Lei 4.850,a Assembleia Estadual oficializou a ronda gaúcha,com o nome de Semana Farroupilha.O periodo de comemoração passou a ser de uma semana,do dia 14 á 20 setembro.Em 1996,através de lei federal,o dia 20 setembro foi oficializado o dia do gaúcho ou dia da liberdade,no qual sao homenageados os heróis da Revolução farroupilha.
A LENDA DO CHIMARRÃO
Conta a lenda da Erva–Mate que um velho guerreiro guarani vivia triste em sua cabana pois já não podia mais sair para as guerras, nem mesmo para caçar e pescar, vivendo só com sua linda filha Sari, que o tratava com muito carinho, conservando-se solteira para melhor dedicar-se ao pai.
Um dia, Yari e seu pai receberam a visita de um viajante que pernoitou na cabana recebendo seus melhores tratos. A jovem cantou para que o visitante adormecesse e tivesse um sono tranqüilo, entoando um canto suave e triste.
Ao amanhecer, o viajante confessando ser enviado de Tupã, quis retribuir-lhes a hospitalidade dizendo que atenderia a qualquer desejo, mesmo o mais remoto. O velho guerreiro, sabendo que sua jovem filha não se casara para não abandoná-lo, pediu que lhe fosse devolvidas as forças, para que Sari se tornasse livre
O mensageiro de Tupã entregou ao velho um galho de árvore de Cá, ensinando-lhe a preparar uma infusão que lhe devolveria todo o vigor. Transformou ainda Sari, em deusa dos ervais e protetora da raça Guarani, sendo chamada de Cá Sari, a deusa da erva-mate. E assim, a erva foi usada por todos os guerreiros da tribo, tornando-os mais fortes e valentes.
Quando os espanhóis por aqui chegaram, encontraram os índios guaranis dóceis e receptivos, já então utilizando uma bebida que sorviam em cabaças por meio de um canudo, preparada, com folhas de uma árvore nativa da região – chamada cá a – dizendo que esta lhes havia sido dada pelo deus Tupã. De imediato os espanhóis adquiriram este hábito e passaram a tomar o chimarrão, desde os soldados até oficiais, sem distinção de classes sociais.
O chimarrão, tradicional e salutar hábito do Rio Grande do Sul, é um símbolo da hospitalidade do gaúcho, que oferece sempre a qualquer visitante. Atualmente, é bebido em uma cuia onde depositamos um pouco de erva-mate já moída e de onde sorvemos o líquido (água quente sem ferver), através de uma bomba de metal.
O costume de tomar chimarrão está bastante difundido, tanto no meio rural como no urbano e faz parte da vida do gaúcho desde o amanhecer até a noite, quando encerra suas tarefas do dia.
Jefferson Rocha
Ignacio Castillos
Chimarrão
O chimarrão ou mate é uma bebida característica da cultura do sul da América do Sul. É um hábito legado pelas culturas indígenas quíchuas, aimarás e guaranis.
Erva-mate para chimarrão (
opte pela erva mais verde)
Uma bela cuia
Uma bomba de prata folheada à ouro (caso não seja rico, pode ser um bomba comum mesmo)
Um aparador (pode ser uma tampa plástica lisa)
Uma térmica com água quente
Um copo de água morna.
É composto por uma cuia, uma bomba, erva-mate moída e água à aproximadamente 80°C. O termo mate como sinônimo de chimarrão, é mais utilizado nos países de língua castelhana. O termo “chimarrão” é o mais adotado no Brasil
Maioridade
penal aos seis. Afinal, nessa idade, eles já se vestem sozinhos.
Leonardo
Sakamoto
11/04/2013 16:48
Um
dos maiores acertos de nosso sistema legal é que, pelo menos em
teoria, protegemos os mais jovens – que ainda não completaram um
ciclo de desenvolvimento mínimo, seja físico ou intelectual, a fim
de poderem compreender as consequências de seus atos. Completar 18
anos não é uma coisa mágica, não significa que as pessoas já
estão formadas e prontas para tudo ao apagarem as 18 velinhas. Mas é
uma convenção baseada em alguns fundamentos biológicos e sociais.
E, o importante, é que as pessoas se preparam para essa convenção
e a sociedade se organiza para essa convenção.
Por
necessidade individual e incapacidade coletiva de garantir que essa
preparação ocorra de forma protegida, muita gente acaba empurrada
para abraçar responsabilidades e emularem uma maturidade que elas
não têm. Enfim, se tornam adultos sem ter base para isso.
Na
prática, o Estado e a sociedade falham retumbantemente em garantir
que o Estatuto da Criança e do Adolescente ou mesmo a Constituicão
Federal sejam cumpridos. Entregamos muitos deles à sua própria
sorte – sejam filhos de famílias pobres ou ricas. Porque encher o
filho de brinquedos e fazer todas as suas vontades para compensar a
ausência por conta de uma roda viva que vai nos tragando também é
de uma infelicidade atroz.
O
que fazer com um jovem que ceifa a vida de outro, afinal? Conheço a
dor de perder alguém querido de forma estúpida pelas mãos de
outro. O espírito de vingança, travestido de uma roupa bonita
chamada Justiça, que foi incutido em mim pela sociedade desde
pequeno, diz que essa pessoa tem que pagar. Para que aprenda e não
faça novamente? Não. Para que sirva de exemplo aos demais? Não.
Para retirá-lo do convívio social? Não. Para tentar diminuir a
minha dor através da dor dele e da sua família? Não. Não há
provas de que nada disso funcione, mas ele tem que pagar. Por que
sempre foi assim, porque caso contrário o que fazer?
A
Fundação Casa, do jeito que ela está, não reintegra, apenas
destrói. A prisão, então, nem se fala. Também não acho que
reduzir a maioridade penal para 16 anos vá resolver algo. Ele só
vai aprender mais cedo a se profissionalizar no crime. E se jovens de
14 começarem a roubar e matar, podemos mudar a lei no futuro também.
E daí se ousarem começar antes ainda, 12. E por que não dez, se
fazem parte de quadrilhas? Aos oito já sabem empunhar uma arma. E,
com seis, já se vestem sozinhos.
A
resposta para isso não é fácil. Mas dói chegar à conclusão de
que, se um jovem aperta um gatilho, fomos nós que levamos a arma até
ele e a carregamos. Então, qual o quinhão de responsabilidade dele?
E qual o nosso?
O
certo é que ele irá levar isso a vida inteira – o que não é
pouco – e nunca mais será o mesmo, para bem ou para mal. A
sociedade está preparada para lidar com ele e outros jovens que
cometem crimes, por conta própria ou influência de adultos?
Ou
melhor, a sociedade quer realmente lidar com eles ou prefere jogá-los
para baixo do tapete, escondendo os erros que, ao longo do tempo, ela
mesma cometeu?
Lya Luft: Brasileiro bonzinho? Na verdade, estamos indefesos e apavorados
Artigo
publicado em edição impressa de VEJA
BRASILEIRO
BONZINHO?
Lya
Luft
Tempos
atrás, num programa cômico de televisão, uma jovem americana
radicada no Brasil, a cada comentário sobre violência ou
malandragem neste país, pronunciava com muita graça: “Brasileiro
bonzinho!”. E a gente se divertia.
Hoje
nos sentiríamos insultados, pois não somos bonzinhos nem sequer
civilizados. O crime se tornou banal, a vida vale quase nada. Poucos
de meus conhecidos não foram assaltados ou não conhecem alguém
assaltado: ser assaltado é quase natural – não só em bairros
ditos perigosos ou nas grandes cidades, mas também no interior se
perdeu a velha noção de bucolismo e segurança.
Em
São Paulo, só para dar um exemplo, os arrastões são tão comuns
que em alguns restaurantes o cliente é recebido por dois ou quatro
seguranças fortemente armados, com colete à prova de bala, que o
acompanham olhando para os lados – atentos como em séries
criminais americanas. Quem, nessas condições, ainda se arrisca a
esta coisa tão normal e divertida, comer fora?
Pessoas
inocentes são chacinadas: vemos protestos, manifestações, choro e
imprensa no cemitério, mas nada compensará o desespero das famílias
ou pessoas destroçadas, cujo número não para de crescer. Em nossas
ruas não se vê um só policial, daqueles que poucos anos atrás
andavam em nossas calçadas. A gente até os cumprimentava com certo
alívio. Não sei onde foram parar, em que trabalho os colocaram, nem
por que desapareceram. Mas sumiram.
Morar
em casa é considerado loucura, a não ser em alguns condomínios, e
mesmo nesses o crime controla o porteiro, entra, rouba, maltrata,
mata. Recomenda-se que moremos em edifícios: “mais seguros”,
seria a ideia. Mas, mesmo nos edifícios, nem pensar, a não ser com
boa portaria, ou será alto risco, diz a própria polícia,
aconselhando ainda porteiros preparados e instruídos para proteger
dentro do possível nossos lares agora precários.
Somos
uma geração assustada, desamparada, confinada, gradeada – parece
sonho que há não tanto tempo fosse natural morar em casa, a casa
não ter cerca, a meninada brincar na calçada; e não morávamos em
ilhas longínquas de continentes remotos, mas aqui mesmo, em bairros
de cidades normais. Éramos gente “normal”.
Hoje,
a população, apavorada, está nas mãos de criminosos,
frequentemente impunes. Na desorganização geral, presídios
superlotados onde não se criariam porcos também abrigam pessoas
inocentes ou que nunca foram julgadas.
A
impunidade é tema de conversas cotidianas, leis atrasadas ou não
cumpridas nos regem, e continua valendo a inacreditável lei de
responsabilidade criminal só depois dos 18 anos. Jovens monstros,
assassinos frios, sem remorso, drogados ou simplesmente psicopatas
saem para matar e depois vão beber no bar, jogar na lan house,
curtir o Facebook, com cara de bons meninos.
Num
artifício semântico insensato e cruel, se apanhados, não os
devemos chamar de assassinos: são infratores, mesmo que tenham
violentado, torturado, matado. Não são presos, mas detidos em
chamados centros socioeducativos.
E
assim se quer disfarçar nosso incrível atraso em relação a países
civilizados. No Canadá, Holanda e outros, a idade limite é de 12
anos; na Alemanha e outros, 14 anos. No Brasil, consideramos
incapazes assassinos de 17 anos, onze meses e 29 dias.
Recentemente,
um criminoso de 15 anos confessou tranquilamente ter matado doze
pessoas. “Deu-me vontade”, explicou, sem problema, e sorria.
“Hoje a gente saiu a fim de matar”, comentou outro
adolescentezinho, depois de assaltar, violentar e matar um jovem
casal junto com outro comparsa.
Esses
e muitos outros, caso estejam em uma dessas instituições em que se
pretende educar e socializar indiscriminadamente psicopatas e
infratores eventuais, logo estarão entre nós, continuando a
matança. Quem assume a responsabilidade? Ninguém, pois estamos em
uma guerra civil que autoridades não conseguem resolver, uma vez que
nem a lei ajuda.
Estamos
indefesos e apavorados, nas mãos do acaso. Até
quando?
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